A entrevistada da vez é uma escritora. A carioca Thalita Rebouças, escreve para adolescentes, que levam seus livros muito a sério, e até lhe pedem conselhos. Já participou de alguns programas de tv, como Charme e Programa do Jô, e atualmente, é colunista da revista Atrevida. Confira o papo com Thalita.

 Nome, idade, procedência?

Thalita Rebouças, 33 anos, sou do Rio de Janeiro

Qual sua maior dificuldade quando você começou a escrever livros?
Dificuldade? Foi esperar a Rocco me responder se tinha ou não gostado do Tudo por um Pop Star. Demoraram seis meses, mas quando disseram o “sim” foi o máximo. Desde então vivo em lua-de-mel com a minha editora.

Como começou a se interessar por jornalismo?

Sempre gostei de escrever e de falar, e sempre fui muito curiosa, então achei que ia ser bacana seguir a carreira de jornalista.

As leitoras vem pedir conselhos pra você?

Muito. Por causa dos livros, elas me consideram uma irmã mais velha e me pedem conselhos sobre tudo, sobre namorados, ficantes, pais, irmãos. O problema é que eu escrevo ficção, não sou nenhuma expert em relacionamentos, e sempre digo isso pra elas.

Qual é seu segredo para fazer crianças saírem de frente ao computador nesse século XXI, na era digital para comprar livros e gostarem do que lerem?
Além de fazer a galerinha rir, eles se identificam muito com o que eu escrevo. Muitos dizem que parece que eu olhei no buraco da fechadura das suas casas. Quando eles se sentem como os personagens, eles viajam mais facilmente na história, fica mais dificil largar o livro. Sem contar que escrevo sobre tudo o que eles gostam de ler: namoros, ficadas, relacionamento com os pais, com os amigos, com os professores…

Seus livros, na maioria das vezes são direcionados ao público feminino. Os garotos reclama disso?
Não. Eles implicam num primeiro momento, mas acabam gostando bastante, principalmente do “Fala sério, professor!”, que anda sendo bastante adotado nas escolas, então os meninos são obrigados a ler. E adoram. Quando vou palestrar nos colégios eles são os mais interessados e perguntadeiros.

Como surgiu o convite pra trabalhar na Atrevida?

Eu me convidei. Sempre achei o máximo a revista, mandei um email e eles toparam. Foi simples assim.

Existe algum projeto para a TV?
Não posso chamar de projeto. Existem, sim, algumas idéias, mas nada de concreto.

Depois de 'Fala Sério, Mãe!', 'Fala Sério, Professor!' e 'Fala Sério, Amor!', pretende continuar escrevendo livros desse tipo?

Não vou parar de escrever para adolescentes nunca. É o maior prazer da minha vida.

E quando você vai dar entrevistas na tv, fica muito nervosa?

Nem um pouco. Adoro falar, sou zero tímida, não tenho o menor problemas com câmeras, pelo contrário. E sei que fazer tevê faz parte do trabalho, televisão é a maior divulgação que um escritor pode ter então tento aproveitar ao máximo toda e qualquer entrevista.

Tem algum conselho pra quem está começando na carreira de escritor?
Persistência. É um mercado difícil, mas muito prazeroso.

O que gosta de ouvir, ler e ver?

Ouço de tudo. Muita MPB, sempre. Ultimamente estou numa fase samba, ouvindo Martinho da Vila, João Nogueira, Paulinho da Viola... Também tenho ouvido bastante Carla Bruni, Nina Simone e Amy Winehouse. Ler. Estou lendo O Vendedor de Passados, do Agualusa, e ando lendo muito Mario Vargas LLosa, é demais a prosa dele. Também tenho devorado as biografias. Meu nome não é Jhonny, a biografia da Clara Nunes e do Renato Russo... Ver. Não sou muito de televisão, mas adoro pegar uma reprise de Friends e Seinfeld, que sou viciada, e estou à espera da estréia da terceira temporada de Desperate Housewives. Também gosto de ir ao teatro. Recomendo muitíssimo A Descoberta das Américas, monólogo sensacional que voltou ao cartaz aqui no Rio. Vi três vezes e sempre me surpreendo com o talento do Julio Adrião.

Thalita Rebouças por Thalita Rebouças.
Sou fofa.

Obrigado pelo Papo!

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